domingo, 10 de outubro de 2010

"Ontem, fui aos bares que frequentamos. Respostas frias, como se eu procurasse um guarda-chuva, um cachecol, um isqueiro com o escudo do Santa Cruz. Eu procurava meu diário, caramba!"

a pior sensação do ano, a pior perda do ano, o vazio mais vazio que bateu por aqui e que vai fazer falta como cão por muitos anos e toda vez que eu olhar os outros diarios, arrumados por ano, esse vazio vai gritar seu espaço.
2010 não havia sido um ano bom, não havia naquelas páginas amarelas muitas coisas boas, havia o choro de despedida de janeiro, a confusão do reencontro de fevereiro, o gosto bom da manhã boa de março, litros e litros de lágrimas de abril, alguns kilos de esperança de junho e a fuga de julho. havia, também, o caos de agosto e a serenidade de setembro. havia o fim de um grande amor, o começo de uma nova historia, muitas pessoas das quais nunca mais recordarei o nome, porque só ali havia essa memoria.
havia os tickets de embarques e desembarques, os postais dos lugares queridos, os ingressos dos filmes. havia um tanto tão grande de mim que tornou-se o pior dos roubos que já sofri e que sofrei nos proximos muitos anos.

maldito seja esse ladrão infeliz, maldito!


mote do texto de hoje aqui

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