domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ainda é carnaval? De preto e branco, de listras, de maquiagem triste, pronta pra colocar o bloco na rua. Com tédio, muito tédio. Cervejas e cervejas, o mundo de cores é apenas mais um mundo mudo. O colorido de Carnaval não faz diferença, ela vê tudo em preto e branco, em listras.

O Alecrim sumiu, as cores sumiram, a alegria sumiu. É terça de Carnaval, ela não quer mais Carnaval. Chegam de mascaras, disfarces, fantasias, amanhã será tudo igual, de volta a monotonia, monocromática, porque cores, então?

De repente, porque isso é sempre de repente, um verde. Um verde quase cinza, bem ali, a brilhar discreto, num ainda mais discreto Pierrot já conhecido de outros bares. Porque não? São apenas mascaras, e amanhã já será, de novo, tudo apenas preto e branco.

Os papeis se invertem, Colombina procura Pierrot, que tão distraído ou discreto, não nota Colombina. Um minuto, dez minutos, muitos minutos. Distração tem fim, discrição acompanha. Sorrisos.
Sorrisos, conversas, abraços, cheiros, gostos, afetos. 

Contrários, mas porque não? Opostos. Bons opostos.

Havia alguém, ela sabe, que ocupava aquele espaço, mas parece tão distante, perdido nas memórias de um outro Carnaval. Tão longe, como era mesmo seu nome? Ale...

De repente, porque tudo que é bom dura pouco, já é dia, já é quarta, as cinzas se espalham pelas ruas e é preciso se despedir.

Nos vemos?

Resta a dúvida, e o outro?Aquele que ocupava o espaço agora confuso? Carnaval são fantasias, ilusões, brincadeiras... Mas, porque não?

Sim.

E, ao meio dia, quando finalmente era quarta, O carnaval já acabou?

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Esse foi o texto que li ontem, na Zpl de fevereiro! 

sábado, 27 de fevereiro de 2010


O post de hoje é propaganda, quero dizer auto propaganda! Essa noite estarei no Dragão do Mar fazendo leitura de coisas sobre o carnaval. Bora?!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Hoje, antes mesmo do café da manhã minha mãe intimou: vou mandar lavar seu carro sábado. Não sei ao certo se foi a bacia suja dentro dele que finalmente fez ela tomar uma decisão, mas confesso: meu carro tem de tudo, ou quase.
Antigamente, quando criança, achava extremamente glamuroso o carro da minha tia, por exemplo. Ela praticamente morava dentro dele, e toda vez que precisava pegar carona com ela era praticamente uma exploração no universo desconhecido da vida dela. Havia livros de medicina, cheios de figuras bizarras, roupas e mais roupas, uma pequena infinidade de sapatos, caixas de chocolate inteiras que pareciam ter sido perdidas á séculos.
Nunca fui uma pessoa desorganizada, nem nunca me deixaram ser, então nunca passei pela costumeira experiência de encontrar um prato perdido no meu quarto duas semanas depois de ter usado ele. Mas, com meu carro, a situação se inverte. As coisas parecem sumir toda vez que colocadas no porta mala, vão para aquela dimensão das meias perdidas, e só reaparecem quando minha mãe, no desespero, resolve mandar lavar o carro.
Além disso, hoje também notei o quanto me mudei pra lá. Atualmente, e por tempo indeterminado, tenho lá dentro: duas mudas de roupas, completas, um par de tênis, as roupas do ballet, um chinelo, todos os livros da faculade de letras, uma bacia, uma colher de pau, uma tesoura, um estilete, uma caneca e muitos papeis. Muitos. Definitivamente, eu to morando no carro, só não tem como receber correspondência nele.

Ah, e até nome meu carro tem: Milk! 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

De escrever...
Não lembro ao certo o que eu sentia, mas lembro muito bem da primeira vez que escrevi algo com o intuito apenas de escrever. Eu não devia ter mais que sete anos e escrevi sobre um gato que caia no canal. Junto com a historia, vinham pequenos desenhos que devo ter guardados até hoje...
Agora, escrever parece ser fundamental, pesa chave no quebra cabeças constante da minha vida. São frase soltas no fotolog, narrativas impublicáveis no diário, textos soltos por aqui, exclamações pelo twitter... uma válvula gigante de escape e minha real forma de expressão.
Admiro quem consegue sair por ai apenas pintando, mas meus desenhos precisam de palavras e minhas palavras precisam de poesia. Não da poesia de verso, essa até hoje me é um estranha olhando lá longe. Mas a poesia do lirismo, daquele sentimentalismo meio clichê...

Não, hoje eu não estou fazendo sentido.  Os parágrafos daqui precisaram ser suprimidos com um tanto de outras coisas acolá. Amanhã, quem sabe, eu acorde melhor. Quem sabe?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Amanhã é, de fato, a primeira segunda feira do ano.

Quando, a 51 dias atrás, pulamos sete ondas, abraçados e levemente embriagados, não tínhamos certeza de como seria o ano de 2010. Um amontoado de esperanças somado a um amontoado de sonhos, era tudo que visualizávamos para esse ano.

Agora, janeiro passou como que um ano inteiro, uma serie de ondas fortes para mudar o pouco que havia de concreto nesse ano e fevereiro chega ao fim trazendo a única certeza: esse será um ano de viagens.  Viagens... essa parece ser a única e reconfortante certeza desse ano.

Ano passado, comecei o ano no Rio, em 24h estava em São Paulo e antes do fim do segundo dia estava aqui. Depois, Natal, João Pessoa, Pipa, Belo Horizonte, muitos dias em Canoa, Salvador, Morro de São Paulo... Foi um ano de viagens, que nem se comprar a lista de distintos de 2010. Areia, Curitiba, Natal, São Paulo, Uberlândia, Brasília, Recife... E o melhor, eu gosto de estar assim.

Sentir falta de Fortaleza, do nosso por do sol, do nosso mar quente, do nosso vento só nosso, eu bem sinto, mas concordo: um homem precisa viajar por si mesmo, conhecer o mundo. A cada viagem, chega em casa um novo homem, para encarar uma nova uma casa. Antes o que era grande é nada, e os pequenos prazeres tornam-se os maiores. Uma viagem, seja qual for, transforma valores e agrega coisas inimagináveis. E só se aprende isso viajando.


Que venha 2010 com suas viagens e que eu nunca pare. Nunca. 

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Engraçado como seu sono é tranqüilo, em oposição ao meu. Já faz bem meia hora que estou aqui, te olhando em silêncio, e nenhum movimento. Você ressoa levemente, um barulho surdo que se confunde com minha própria respiração pesada.

Queria lhe acordar agora, lhe dizer que quase nunca consigo dormir quando estou aqui, lhe beijar, mexer no seu cabelo, ou apenas conversar, de olhos fechados, sobre literatura. Mas não vou fazer, já não o fiz tantas vezes e porque logo hoje farei?!

Essa noite é uma despedida, não? Aquela despedida que não me dei tempo de ter, um ano atrás, tenho agora. As condições são outras, e não sei bem como ou porque estou fazendo isso, se é certo ou errado, se é medo ou coragem, mas agora parece já não ser nosso tempo, parece já não ser nossa hora. Não por hora.

Mas eu vou sentir sua falta. Verdes quase cinza. E, apesar do pouco tempo, vou guardar com carinho uma serie das suas pequenas coisas. Com carinho, bem no fundo do coração, arrumadinhas, como que esperando um momento certo de serem tiradas daqui e vividas. 

com toda licença poética, brigada e desculpas. e parte de mim realmente não queria ir embora...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



Todo mundo ja falou desse gloss, mas hoje é sexta feira e é meu dia de falar: eu queeeeeeeeeeeeeero!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O que você chama de lar? Aquele lugar que morou por anos, aquele banco onde seu coração bateu mais forte, aquela barraca onde viveu o amor da sua vida, aquele mar absoluto onde sonhou viver a vida toda?



Engraçado a relação que a gente tem com casa, não? Enquanto pequenos, a casa dos nossos pais, ou melhor, a cama dos nossos pais, nos dá a melhor sensação de estar em casa. Depois, nosso quarto com a porta fechada é o melhor canto do mundo. Com a vida a gente vai aprendendo que os pequenos cantos são os grandes lares. Quem nunca chamou um quarto de hotel de casa que atire a primeira pedra! 

A imagem é daqui.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Se eu partisse hoje, para uma longa viagem, apenas com data de inicio, o que eu levaria?

Eu levaria o abraço apertado da minha nova menina pequena de olhos verdes tão estranhos, eu levaria, pela mão, o amor que reconstruo passo a passo já tem quase 1 ano, eu levaria a minha paixão insensata pela louca insensatez de um moço bonito. Levaria o sorriso franco e a ingenuidade de uma menina que anda me ganhando a cada dia, levaria o bom dia mais expressivo de todos, levaria o cafuné mais bem vindo de todos, levaria uma dose de frieza e distanciamento que só aquela moça sabe ter. Levaria a capacidade de fazer furacão inversamente proporcional ao tamanho de uma pequena ali, levaria seu cheiro e sua lembrança. 

para meus amigos, pelo meu mais que excelente carnaval. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

E se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer, e eu vou sobreviver... 


Sou passional, confesso, padeço desse crime.

Minha vida amorosa inteira fui incapaz de pensar em uma única pessoa por um tempo assim longo. Nunca fui infiel, mas creio nunca ter me doado completamente alguém.

Sim, já amei alguém como se o mundo fosse acabar. Amei todos os detalhes e passei horas, incontáveis horas da minha vida simplesmente contemplando ele.

Sim, já perdi um amor. Já escutei coisas como: podemos ser só aqueles amigos que transam? E já chorei por isso, uma noite, uma semana, um mês inteiro.

Sim, já implorei para alguém voltar. Já telefonei chorando e disse que não agüentaria,  pedi desculpas por algo que nem sabia o que era, prometi mudar o que sabia que não mudaria.

Mas tenho um tempo para tudo. Penso que meus sentimentos, e suas conseqüências, cabem a mim. O amor que eu tenho por você é meu, fui eu que construí com todas as suas impressões que eu recolhi. Não cabe a mim obrigá-lo a me amar, e com isso amar nós dois em uma serie de desastres inevitáveis.

Detesto a insistência no erro. Detesto as mulheres que amam demais e que precisam gritar isso para todos os quatro cantos e que se tornam incapazes que seguir em frente. Amor não é corrente, e simplesmente não garante a reciprocidade do sentimento. Amor é doação, é gostar sem saber porque, simplesmente por gostar.  E muitas vezes não precisa ser anunciado, quem dirá gritado. 

domingo, 14 de fevereiro de 2010


"que tal um café?"


brincadeira daqui. cada um mais lindo que o outro, vale a visita!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Nem nos meus momentos de adolescente mais revoltada eu desprezei meu instinto materno. Nunca fui daquelas meninazinhas que dizem: não vou ter filhos! Sempre me pareceu muito certo que teria, ao menos, uma menina, desde não lembro quando chamada de Ivina. Então quando ele chegou, não foi dificuldade nenhuma amá-lo incondicionalmente.

Eu tinha 16 anos em 2004, quando, no dia 2 abril, ele nasceu. Uns grandes olhos claros de alguma cor entre verde, azul e cinza, alguma poucas dobrinhas de bebê e pouquíssimo cabelo. Eu nunca tinha segurado uma criança, e me recusei a fazê-lo pelos três primeiros meses, brincava com ele sob os olhos não muito atentos da mãe. Depois, foi me ganhando antes mesmo que eu ganhasse confiança no meu tal instinto materno e antes que setembro começasse, ele era mais meu sobrinho do que qualquer um sobrinho de sangue vai ser.

Começaram, então, as funções de tia. As tardes de sábado na minha casa, as tentativas de dar danoninho, os banhos em bacias, as fotos engraçadas, os cheiros de bebê pela casa. No meu guarda roupa surgiram camisas minúsculas, fraudas, brinquedos de morder e, de repente saiu a primeira palavra dele: bebel. Exatamente como a mãe dele me chama. Guardei a primeira chupeta, fiz vídeo dos primeiros passos, fotografei todo o primeiro aniversario. Incondicional. Aguentei a primeira internação com o coração na mão, ajudei a segurar pra tomar injeção, levei banhos de refrigerante em shoppings lotados, furei filas por estar com criança de colo, respondi inúmeras vezes: não, não é meu filho, senti saudades quando viajei a primeira vez.

De repente, hoje, me dei conta que ele já é um homenzinho... Vestido de super herói, sorrindo, magricelo, no portão, me dei conta, mais uma vez, do quanto esse meu pequeno homenzinho fez por mim. Todas as vezes que ele me abraçou apertado, que disse que me amava, que sentou no meu colo e pediu pra eu não sair, todas essas vezes ele me deu um amor e uma força que, de alguma forma, eu precisava. No fundo, ele faz por mim muito mais do que qualquer adulto capaz consegue fazer! Meu super herói favorito!

imagem: postal meu.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dos pequenos prazeres de morar sozinha. (utopia)

Chegar em casa depois de um dia barulhento e encontrar silêncio.
Curtir o verão brasileiro de 50º bem “a vontade”.
Almoçar e só lavar a louça duas semanas depois.
Dormir e acordar a hora que bem entender.
Deixar peças de roupa pela casa quando bem entender.
Não ouvir nenhuma reclamação antes de sair de casa.
Não ouvi nenhuma reclamação quando chegar em casa.
Só se acordado se esquecer de desligar o celular. 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Se eu fechar os olhos, o que eu lembro de você?

Eu lembro da primeira impressão nem um pouco agradável sua. Eu lembro que sentia um certo receio em me aproximar de você. Eu lembro que estranhei você não ter um gosto amargo mesmo com tanto cigarro. Eu lembro de você dançando. Eu lembro de como você me ganhou me fazendo rir. Eu lembro de como senti vergoinha de você e como dois segundos depois essa vergonha passou. Eu lembro de você perguntando se eu ia ficar. Eu lembro de você dormindo, me abraçando. Eu lembro de você acordando, murmurando qualquer coisa inaudível. Eu lembro de você falar de mim, de você lembrar de mim. Eu lembro do meu sorriso e da minha incredulidade. Eu lembro das outras caras incrédulas. Eu lembro de ter sentido ciúmes. Eu lembro de ter ficado triste. Eu lembro de ter querido te abraçar e chorar. Eu lembro de ter querido perguntar porque. Eu lembro dos sorrisos simples. Eu lembro de não saber onde colocar as mãos. Eu lembro de não ter idéia do que falar. Eu lembro de não ter idéia do que fazer. Eu lembro de te procurar com os olhos. Eu lembro do coração apertado. Eu lembro da sua simplicidade. Eu lembro das suas historias. Eu lembro dos seus receios. Eu lembro de sentir raiva. Eu lembro das brincadeiras dos outros. Eu lembro da insegurança de novo. Eu lembro da felicidade de ver você voltando. Eu lembro do sono tranqüilo ao seu lado. Eu lembro do beijo de já volto. Eu lembro do beijo de nos vemos logo. Eu lembro do seu cheiro.



Fazia tempo que era pra esse texto ter saído. Mas ter ficado sem palavras, hoje, quando achava ter todas, simplesmente me destravou.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Já já é carnaval, ainda não defini o destino, mas ou é Fortaleza - João Pessoa - Olinda ou não é nada. E nesse climão de pré-viagem aventura, me deparo com esse post otemo.

O que eu aprendi num mochilão

Compreender o modo diferente das pessoas pensarem e não me espantar tanto.
Diminuir o pré julgamento que eu fazia das pessoas.
Abrir vinho com uma faca.
Abrir vinho com uma escova de dentes.
Abrir vinho batendo no fundo (mas eu não consegui).
Não abrir vinho com um mini canivete.
Descascar laranja com uma colher.
Um sorriso é universal.
Você não é obrigado a falar lingua alguma pra conversar com alguém, sempre dá-se um jeito.
Tem muitas coisas que você só vai notar se estiver sozinho.
Tem muitas coisas que voce só vai notar se estiver acompanhado.
Existem toalhas que se secam só de você torce-las!
As mulheres israelenses precisam fazer 2 anos de exercito obrigatoriamente (quero ver alguém mexer com uma hahaha).
O Brasil ainda é um país muito subdesenvolvido, mas todos que não moram nele são apaixonados.
Ninguém conhece os pontos turisticos do próprio país, só dos outros.
Fazer uma tampinha de cerveja voar na cabeça de alguém atrás de você, sem que você seja notado.
Abrir garrafa com o esqueiro

o resto, você lê aqui.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Hoje eu queria falar da praia de mais cedo, da despedida mais estranha de todas, da vontade de ir para Olinda, do medo de quebrar a cara, da idéia de transformar um apt numa república, da raiva que o twitter me trouxe, da vontade de dizer certas coisas a certas pessoas, da intolerância das pessoas que nunca reconhecem que erram também, da falta de assunto novo, da insistência em erros velhos, da saudade que eu to de ter cachorros em casa, ...

Mas não, hoje não. Hoje eu estou intensa, e em dias como esse é preciso calar e escutar, pensar, jogar dados, blefar e dar espaços. Se amanhã nada se resolver, tenho pauta pro mês inteiro aqui. 

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ate o ano passado saudade era uma palavra do meu vocabulário que só me remetia a minha adolescência. Saudade das aulas gazeadas pra caminhar na beira mar com uma garrafa de coca cola. Saudade da época que tínhamos que virar noites no colégio. Saudade de receber cedinho um abraço de bom dia todo dia. Eu nunca tinha “perdido” ninguém. Meus avós, todos, são vivinhos e saudáveis. Os amigos haviam, no máximo, tornado-se ex-amigos. E o último bicho de estimação que vi morrer foi em 99, antes de entender se quer o que era morte direito. Mas então chegou 2009, disposto a me ensinar a mais cruel das lições: pessoas partem, de vários modos.

Logo em janeiro, eu experimentei a sensação amarga de perder uma amiga. A morte é a pior das saudades. Por mais longe que more alguém, hoje existe internet, avião, webcam... Mas a morte não. Aquela pessoa nunca mais vai estar ali, vai dizer coisas que só ela diria, sorrir como só ela sorria. Aquela pessoa agora não é nada além de todas as lembranças que você tem dela, ela, de repente, vira apenas historia.

Dessa dor, da morte, foram duas vezes em 2009 que senti o gosto, mas da despedida, juro, perdi as contas. Foram incontáveis idas ao aeroporto, umas regadas a suor frio nas mãos, outras a fumaça de cigarro a cinco da manhã, outras ainda, a ursinhos e choro. E não foram só essas despedidas assim, no aeroporto. Em 2009, fui pela primeira vez a um encontro de estudantes. Fiz amigos. Vários estados, apenas uma semana, no fim, um bolo preso na garganta e a incerteza de quando nos veremos de novo. Era uma distancia até breve, seis meses, no máximo, mas ainda sim, a angustia de não tê-los aqui, todo o tempo, pesa.

Ingenuamente, achei que 2010 vinha pra ser diferente. Saudade foi o nome de 2009, esse ano não vai haver nem saudade nem espera. Será tudo diferente! Ledo engano! Janeiro mal terminou, e meu coração recém adquirido pra esse ano, já foi rateado em tantos pequenos pedaços... Saudade bate quando escuto All the single ladies, saudade de um cheiro bom de uma pessoa, saudade das conversas com sotaque paraibano... e a saudade já vem vindo por antecedência. Saudade das quartas feiras alcoólicas, saudade das palhaçadas totalmente sem noção, saudade de tudo. Tudo.

Não, não vai em 2010 que eu vou me ver livre desse sentimento. Pelo contrario, com tantas viagens, com tanta coisa acontecendo nesse ano furacão, saudade vai se tornar mais uma constante.

imagem: postal meu.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Eu adoro revisores. Sou namorada de um, grande amiga de outra, ambos excelentes profissionais. Talvez até por isso eu tenha aprendido a identificar amadores.
Tenho a estranha mania de achar que uma pessoa que é paga pelo seu serviço deve executá-lo da forma mais competente possível ou então mudar de ramo - e isso se aplica do sucateiro ao presidente. Mas sei que errar é humano. Eu mesma vivo falhando nos meus textos, senão não valorizaria tanto um bom revisor - mais de uma vez eles salvaram a minha vida*. O que eu chamo de amadorismo são erros sistemáticos cometidos por falta de empenho ou vocação.

O revisor que quer mostrar serviço

Muito comum. Ele pega um livro que já teve uma tradução ou redação cuidadosa e, para justificar a despesa que gera, muda seis por meia dúzia. Ou pelo menos é o que ele acha. Sei de tradutores que têm por norma nem abrir o livro depois de impresso, com pavor das desfigurações textuais certamente cometidas por um revisor proativo. Seria até estratégico para o autor ou tradutor deixar uns errinhos mais crassos para ele ter como justificar seu serviço, mas caramba...


leia o resto aqui.

de repente, deu até uma super saudade de ser revisora...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

LUCIA from diluvio on Vimeo.


enquanto vocês lêem isso eu devo estar deitada, tentando dormir, de olhinhos bem fechados, depois da minha cirurgia de miopia. livre dos óculos, enfim!

esse video de hoje é a parte 1 de um curta feito em stop motion, um verminho que um dia desenvolvo com mais vontade. aqui você acha a parte dois, luis, que pode até ser vista sem a 1, mas recomendo lucia primeiro.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


Tipo 365!
da uma olhada nesse blog. para quem acha piração minha postar durante 365 dias precisa conferir essa ideia! a ideia é pintar/fotografar todo dia uma coleção que ela, Lisa Congdon, tenha. isso mesmo, a maioria das coisas postadas no blog são coisas que ela de fato tem!

é, sempre existe gente mais maluca que a gente! e eu, por exemplo, coleciono copos/canecas, postais e afins. e vocês?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010


Em dias como hoje eu sou incapaz de decidir se quer o que eu vou comer. o que dirá a minha vida!