segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

E se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer, e eu vou sobreviver... 


Sou passional, confesso, padeço desse crime.

Minha vida amorosa inteira fui incapaz de pensar em uma única pessoa por um tempo assim longo. Nunca fui infiel, mas creio nunca ter me doado completamente alguém.

Sim, já amei alguém como se o mundo fosse acabar. Amei todos os detalhes e passei horas, incontáveis horas da minha vida simplesmente contemplando ele.

Sim, já perdi um amor. Já escutei coisas como: podemos ser só aqueles amigos que transam? E já chorei por isso, uma noite, uma semana, um mês inteiro.

Sim, já implorei para alguém voltar. Já telefonei chorando e disse que não agüentaria,  pedi desculpas por algo que nem sabia o que era, prometi mudar o que sabia que não mudaria.

Mas tenho um tempo para tudo. Penso que meus sentimentos, e suas conseqüências, cabem a mim. O amor que eu tenho por você é meu, fui eu que construí com todas as suas impressões que eu recolhi. Não cabe a mim obrigá-lo a me amar, e com isso amar nós dois em uma serie de desastres inevitáveis.

Detesto a insistência no erro. Detesto as mulheres que amam demais e que precisam gritar isso para todos os quatro cantos e que se tornam incapazes que seguir em frente. Amor não é corrente, e simplesmente não garante a reciprocidade do sentimento. Amor é doação, é gostar sem saber porque, simplesmente por gostar.  E muitas vezes não precisa ser anunciado, quem dirá gritado. 

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