sábado, 20 de fevereiro de 2010

Engraçado como seu sono é tranqüilo, em oposição ao meu. Já faz bem meia hora que estou aqui, te olhando em silêncio, e nenhum movimento. Você ressoa levemente, um barulho surdo que se confunde com minha própria respiração pesada.

Queria lhe acordar agora, lhe dizer que quase nunca consigo dormir quando estou aqui, lhe beijar, mexer no seu cabelo, ou apenas conversar, de olhos fechados, sobre literatura. Mas não vou fazer, já não o fiz tantas vezes e porque logo hoje farei?!

Essa noite é uma despedida, não? Aquela despedida que não me dei tempo de ter, um ano atrás, tenho agora. As condições são outras, e não sei bem como ou porque estou fazendo isso, se é certo ou errado, se é medo ou coragem, mas agora parece já não ser nosso tempo, parece já não ser nossa hora. Não por hora.

Mas eu vou sentir sua falta. Verdes quase cinza. E, apesar do pouco tempo, vou guardar com carinho uma serie das suas pequenas coisas. Com carinho, bem no fundo do coração, arrumadinhas, como que esperando um momento certo de serem tiradas daqui e vividas. 

com toda licença poética, brigada e desculpas. e parte de mim realmente não queria ir embora...

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