quarta-feira, 31 de março de 2010

Fui almoçar sozinha. Meio dia, véspera de feriado, shopping lotado, crianças acompanhadas de mães entupiam as americanas em busca de ovos de páscoa. E eu sozinha. Digo, acompanhada dos meus fones de ouvido e do meu queridíssimo ipod com a Paula Toller cantarolando qualquer coisa.
Escolhi meia dúzia de sushis vegetarianos, tomate seco, claro, uma coca cola absurdamente gelada e me posicionei na única mesa vazia. Sozinha. Até pensei em ficar olhando as pessoas e analisando quantas delas estavam só, quantos casais estavam brigando, quantos grupos de amigo escondiam paquerinhas de trabalho. Desisti. Tenho de parar de observar tudo e todos todo o tempo. Uma moça pediu para sentar, não haviam mais mesas vazias. Mas não nos falamos. Eu e ela compenetradas em suas refeições. Ou simplesmente com medo de gente.
Terminei de comer rápido, e desci, refrigerante na mão, 3 esmaltes novinhos na bolsa, felizinha comigo mesma. Na saída, a loja de acessórios para computador. Meu fone de ouvido anda tão acabado, coitado. Entrei. Vasculhei as coisas da Apple, salivando, quando um vendedor me surpreende perguntando se quero algo. Sim, quero, mas quero fones originais. Ele me jura que tem, puxa assunto, pergunta do curso (universitário com blusa do curso é phoda), depois de remexer em n pacotinhos se vira e me diz: já sei donde te conheço, tu fez cursinho tal? Opa! O cara ta realmente puxando assunto, lembrando que eu nunca ia as aulas do cursinho, então ele deve ter me notado mesmo! Eu rio, ele fala rapidinho do curso que fazia, do que queria fazer, como quem diz, lembra de mim, vai! Eu só sorrio, de verdade, não lembrava, mas agora tanto fazia, agora eu podia lembrar dele. Ele sorri, diz que ainda tinha um fone no estoque, até ontem, vai no computador, checar. Fala de como agora ganha mais trabalhando ali, que largou de vez a farmácia, não gosta mesmo, e eu finalmente reparo. Na mão esquerda, dourada e reluzente, uma aliança! Sim, uma aliança! Antes de me recuperar do choque, ele se vira e diz que, infelizmente, venderam o último, mas que se eu deixar meu telefone ele pode me ligar quando chegar. Eu sorrio, dou o número errado e saio pensando que devem existir outras lojas que vendam coisas da Apple em Fortaleza.

Estamos velhos, nos formando, nos casando, nos separando... rs

terça-feira, 30 de março de 2010

Desde de janeiro to com esse texto engasgado na garganta, como um grito preso e talvez só agora seja a hora de colocá-lo para fora.

Bendita Fenea que faz a gente amar. Amar as pessoas das formas mais inesperadas possíveis.

Até o ano passado era fácil para mim falar que não fazia verdadeiros amigos, que eram apenas colegas, que os verdadeiros contava nos dedos da mão esquerda. Isso tudo mudou.
Eu percebi que havia mudado em janeiro, quando, no auge do desespero, eu chorei no ombro de alguém. Já faziam anos, tantos anos, que eu não me permitia só chorar. Eu chorei e fui abraçada, ninada, até por quem eu julgava não conhecer. Mas como não conhecer? Como não conhecer alguém que, durante sete dias, se mostra da forma mais verdadeira que uma pessoa pode se mostrar?
Em condições extremas, extremo stress, extremo álcool, extremo cansaço, extrema felicidade, todo mundo se conhece. Em sete dias conhecemos o melhor e o pior de todos, assim, sem esperar ou sem que ninguém pedir. Como não nos tornarmos amigos? Como não amar?
Então nos entregamos, e amamos quase que incondicionalmente aqueles que nos cercam por pouco tempo que torna-se uma eternidade. De repente percebemos que já existem uma quantidade imensa de sinais que simplesmente remetem aquelas pessoas queridas de tão longe, percebemos que contamos os dias para vê-lo, percebemos que eles são absolutamente capazes nos faz sorrir em dias horrendos.

E, o melhor, é quando se descobre que a Fenea não ta só ali, longe, que ela também ta aqui, que aquelas condições extremas vividas em um EA se aproximam das condições de uma entrega de PA, de PU, de DA, de qualquer coisa, ou mesmo da organização de EA e de um mini-EA.

A ficha já tinha caído a um tempo, mas só hoje deu pra escrever.


*legenda: Fenea. lá você encontra tudo que a curiosidade quiser saber.

segunda-feira, 29 de março de 2010




domingo estranho, dias estranhos, dias cinzas... 




"Amor são duas solidões protegendo-se uma à outra."
Rilke


(sim, minha primeira mixtape, mini mixtape, extremamente sentimental)

domingo, 28 de março de 2010

Os pais tendem a pensar que aqueles comportamentos estranhos dos filhos, pircings e por ai vai, são apenas uma fase de afirmação, e que no fundo adolescente é sempre tudo igual. Provavelmente quando eu for mãe, farei a mesma coisa e ficarei irritadíssima com minha filha quando ela vier alegar identidade com o grupo de amigos.

Ou talvez não... Hoje eu constatei que essas tais diferenças entre grupos ultrapassam os limites que eu imaginava. Honestamente, mesmo tendo pertencido a um desses grupos estranhos, nunca tinha parado para pensar no quanto de diferença entre as tribos existia e muito menos como isso continua se materializando na vida adulta.

Faço parte de um grupo com valores bem diferenciados dos demais, e acabo de perceber isso só agora. Diminuímos ou simplesmente implodimos certos conceitos de relacionamentos, pra não falar de outros tantos. E deixamos claro que isso não afeta parte nenhuma das nossas vidas, exceto a própria parte de relacionamentos. Somos excelentes profissionais lidamos bem com prazos, com valores, com responsabilidade, mas simplesmente não nos encaixamos nos conceitos “normais” de relacionamentos.

Até hoje, pra mim, isso era apenas uma questão de brincadeira, de como as pessoas chocavam-se com nossas brincadeiras, ou simplesmente não as entendiam. Hoje, finalmente, caiu a ficha que não são apenas impressões, pircings, são filosofias de vida, são coisas bem mais profundas e enraizadas e que no fim geram mais problemas que apenas ruídos de comunicação com gírias diferentes...

sábado, 27 de março de 2010

Hoje eu queria estar exatamente onde eu estava. Exatamente.  Hoje, só fazia sentido aquele abraço, aquele cafuné, aquela segurança.
Das coisas que eu pedi sempre, essa é a que menos depende de mim, a que menos depende de uma pessoa qualquer. Depende apenas do destino, e esse adora brincar com minha cara. Então, de repente, ver que talvez esse sonho não seja só um sonho bobo de uma criança solitária...
Só espero que eu tenha deixado claro  quanto a tarde foi boa, o quanto eu sinto a falta de vocês dois, o quanto vai doer quando você for embora, o quanto nós quatro combinamos...

Brigada família!

 imagem daqui. 

sexta-feira, 26 de março de 2010

Godot me fala sobre a espera, não sobre a esperança. Espero Godot como quem quer respirar. Nada existe além da minha expectativa. Nada acontece. A sombra caminha, um dia é igual ao outro e nada nunca acontece. Brinco com as palavras e espero. Mas Godot não vem.
Virá amanhã? Eu espero, no silêncio. Minha consciência voltou no momento em que parei de trabalhar, comer, dormir...Descobri que sou estrangeira no mundo (me disse Camus). Me encontrei com o absurdo. O mundo é outro além de mim, eu não o reconheço. Que mundo é este, onde estou? Paris, Dublin, São Paulo? Belo Horizonte? Paisagem vazia e vã, onde está Godot? Eu espero.

Cristina Laterza

Em homenagem aos 8 anos de Zine-se, fiz um zine que posto amanhã e achei esse e-zine. Esse texto é de um zine de 2001!

quinta-feira, 25 de março de 2010



pelo show do Fagner que eu não vou porque não tenho TEMPO.

Papai do ceu, um dia com 30h, por favor!

quarta-feira, 24 de março de 2010



Leia enquanto escuta. 

De repente, parece já não dar mais. É tarde e nada foi resolvido, é tarde e tudo ainda vai se arrastar por muito tempo, é tarde e não há ninguém esperando. As tarefas são simples, chegar em casa, cozinhar qualquer coisa, comer ao som da Tv, terminar as pilhas de trabalho que se acumulam pelos cantos. Não há ninguém para chamar para dormir mais cedo, ninguém para fazer a comida, ninguém pra acordar no meio da noite e lembrar que existem tarefas a serem cumpridas. 
De repente, uma vontade louca de chorar, de encostar o carro, de gritar que não é tão forte assim. Mas se apenas se render, o que vai sobrar? A pior sensação do mundo é saber que não há ninguém que vá ficar, que va restar. je reste seule. 
Mas não, não dá. Existem algumas pessoas que nasceram para serem fortes, não é?  E com certeza todas essas pessoas ja fraquejaram e choraram, é apenas uma nuvem, é apenas uma época ruim, umas época de adaptação! 
De repente, tudo passa (ou é escondido), e lembra-se de mais uma coisa que é preciso fazer. 

terça-feira, 23 de março de 2010

A sete cadeiras de me formar, com um horário sem horários vagos, sem trabalho, estudante profissional, com o coração mais confuso que minhas “caixinhas lingüísticas” que ainda não separam o português do inglês do francês do espanhol: hoje eu quase enlouqueci.
A caminho do shopping pra comprar um casaco, na hora ridícula do trânsito, a Av. Jovita Feitosa parou. Em três longos anos de carteira de motorista nunca tinha passado por isso. E, do mais puro e absoluto nada, começa a surgir aquele comichão estranho, aquela necessidade de sair, aquela vontade de largar o carro e sair andando a pé, aquele frio na barriga como se algo ruim fosse acontecer se eu ficasse ali. É, uma crise de pânico, que não batia desde comecinho de 2007... muitos verões no passado.
Ipod na mão e a mesma música 800 vezes até acalmar. Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo. Saí, então, vagando pelos meus pensamentos empilhados e escondidos lá no fundo de toda minha correria.
Normalmente eu acredito naquela frase do mestre Sabino que diz que as coisas só terminam quando está tudo bem. Sou fã confessa do destino disfarçado de acaso. Quando as coisas devem acontecer, precisamos apenas esperá-las, vai haver uma hora que tudo dará certo. Apliquei essa lei na minha vida na época que simplesmente não conseguia passar pra arquitetura e passei, anos depois, de fato numa época melhor do que a queria ter entrado. Pra mim, é muito óbvio que algumas pessoas, por mais que agora não estejam em minha vida, um dia estarão... E essa parece ser a única manifestação positiva que tenho em todas minhas linhas de pensamento.

Um dia escrevo melhor sobre isso, o transito finalmente fluiu e eu me concentrei, de novo, nos meus problemas reais como pagar o IPVA do carro! 


pra compensar o texto total diarinho, a voz da Fernanda Takai cantando lindamente Coração Tranquilo. Acalma. Juro. 

segunda-feira, 22 de março de 2010


e hoje que fortaleza acordou cinza então? e hoje que eu ainda não sei o que fazer, então? e hoje, então? 

achei, por acaso, aqui. 

domingo, 21 de março de 2010

hoje eu estou poética, mas é uma poesia limitada que ficará para um outro dia.

hoje eu só vou fazer propaganda do livro livre. uma das coisas que eu queria de volta era minha habilidade de ler mais de cem livros por anos, mas como sei que tem gente por ai que mau lê um por década, vale a iniciativa de propagar literatura assim. claro, não espere que eu deixe aquela minha edição em francês de Madame Bovary voando por ai, mas sempre posso comprar um pocket dela! =)

sábado, 20 de março de 2010

calar, esperar, te olhar, pedir. esperar mias um pouco, esperar outro pouco, pedir. pedir pra que tudo vá bem, pedir pra que nada seja em vão, pedir para que isso se acalme. esperar. te olhar, de novo, e de novo, e de novo.

quando tudo parar, será que ainda vai existir um encanto? 

como a gente realiza um pedido?

quinta-feira, 18 de março de 2010


Meu outono é a quaresma. Nesses dias, todo ano, mesmo não sendo católica e mesmo sem me tocar disso, eu me desfaço na quaresma. São quarenta dias entre o carnaval e a páscoa onde eu apenas espero. Folha por folha eu me desfaço, me desfaço das lembranças do ano passado, me desfaço das coisas boas que deixam saudades, me desfaço das vontades não realizadas. Apenas vou me desfazendo, e sentindo a dor por cada coisa que simplesmente foi ignorada. E como dói.
Tudo que não foi permitido, por um ano, de repente retorna. Às vezes diminuído pelo tempo, às vezes aumentado pela negligencia. E probleminha por probleminha eu me ponho a resolver, normalmente comigo mesma, pirando, surtando chorando...
Mas, ao contrario do outono de verdade, normalmente eu não tenho inverno. Meu cinza muda longo de cor para um arco Iris multicolorido e quando a páscoa termina eu sou de novo sã. 


imagem daqui. vale a visita. muito. 

quarta-feira, 17 de março de 2010


o texto que eu ia postar aqui foi censurado pela minha razão.
maldita razão. 

imagem daqui.

terça-feira, 16 de março de 2010

Eu nunca fui muito comunicativa, não tive irmãos como as pessoas tem, como companheiros, não tive vizinhos para aventuras pela rua, não tive primos nos fins de semana, não tive amigos da escola em casa. Sempre fui sozinha, e confesso, gosto dessa minha solidão, ela me trouxe alguma autonomia. Não me importo de fazer sozinha algumas coisas que as pessoas “normais” só fazem acompanhadas. Vou ao cinema sozinha, vou ao café sozinha, vou passear no shopping sozinha, vou ao museu sozinha... Me acostumei de tal forma que preciso desse momento de solidão para conseguir equilibrar minha vida. Às vezes, até, me olham estranho quando digo: sim, estou sozinha; como hoje, quando saí, no meio de um trabalho gigantesco, para tomar café e tentar diminuir minha confusão mental. Sim, estou sozinha; sim, tomo café sozinha; sim, gosto de estar sozinha. 
Em verdade, às vezes, nem é tanto gosto meu estado de estar sozinha, mas, na maioria das vezes, acaba sendo sim uma escolha.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Vou ou fico?
Arrisco e sigo?
Ou espero e deixo tudo passar?

"Peut-être oui, peut-être non
Ca m'est égal de toute façon
À gauche, à droite, ça, je n'sais pas
De haut en bas, oui, pourquoi pas
Un jour où l'autre, on verra bien.
Toujours remettre au lendemain
Ce que je peux faire ce matin
Je ne sais pas me prendre en main..."
Coralie Clément

hoje eu não tô pra nada, nem pra chocolate. 

domingo, 14 de março de 2010



prometo que amanha paro de postar videos, mas esse clipe é tão lindinho e a minha cara que não resisti! XD

indicação da dona Sora.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Eu não consigo mais parar de pensar, eu não consigo mais raciocinar, eu não consigo mais simplesmente ignorar. Eu vou me atropelando e atropelando tudo pelo meu caminho, eu tenho pressa de chegar a lugar nenhum. Eu penso que talvez sejam migalhas, mas eu fico feliz com as migalhas, eu penso que não deveria saber, mas eu gosto de escutar a verdade, nua e crua.

Eu não queria que nada fosse assim, eu queria parar, esperar, jogar, mas eu simplesmente não consigo, meus pensamentos são mais rápidos que minha razão, meus sentimentos movem meus pensamentos.

Isso tudo é doentio, eu devia ter desconfiados, desde o principio do principio que eu só sabia ser assim, doentia. Nada parece que vai passar, um grito preciso que eu preciso dar mas só uma pessoa pode escutar, por enquanto. E quando passar, pior é a certeza que vai passar e depois vai voltar, simplesmente vai passar, como se nada tivesse acontecido, como se fosse tudo um jogo, uma peça de teatro onde eu vivia apenas um personagem. 


engraçado como Closer nunca fez tanto sentido na minha vida como nesses dias... (clichês)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Aprendiz de Lisbela


O que aconteceu com os romances hollywoodianos? Por que ninguém mais corre atrás dos outros? Ninguém sobe vinte andares de escadarias de um prédio, ninguém vai até o aeroporto atrás de algum vôo perdido, ninguém tem fôlego para serenatas noturnas com violão, ninguém tem pique para escalar sacadas, ninguém abre as portas de uma igreja qualquer e a plenos pulmões sai gritando que se opõe ao casamento. Não, isso não existe mais. É muito cômodo ficar em casa remoendo a situação ao invés de enfrentá-la. Aquela velha questão da discrição, de ser resignado e segurar seus impulsos apaixonados para não quebrar a cara depois. Às vezes eu fico aqui me perguntando se eu lutei o suficiente pelas pessoas que passaram pela minha vida. Eu deveria ter dado mais do meu sangue, do meu suor, das minhas lágrimas. Eu deveria ter dito tudo o que eu tinha guardado. Eu preciso de um atestado de intensidade vivida para entregar na porta do céu ou do inferno quando eu morrer. Eu preciso saber que fiz o possível, saber que valeu a pena. E quanto mais eu penso nisso, mais eu tenho certeza de que não moro em Hollywood e que de nada adiantaria fazer tudo isso. Aliás, agora eu não moro mais em nenhum lugar específico e algumas lutas sempre serão em vão.


Não, eu vou mudar. Eu vou correr atras, eu vou gritar, eu vou dizer o que nunca disse, ou melhor, eu vou dizer a pessoa certa o que eu nunca disse. Dessa vez não cabe calar, esperar passar, ficar muda, procurar outro alguém. Dessa vez não. 


um brinde ao meu primeiro passo. 






texto daqui. vale a visita, demais!

terça-feira, 9 de março de 2010


eu vou mudar de cabelo, pintar as unhas de verde, colocar um salto vermelho, fugir pra são paulo, viver a vida só escrevendo...

Tõ de tpm sim, e dai?! Vai encarar?!


imagem daqui.

segunda-feira, 8 de março de 2010



dia da mulher, né?
infelizmente hoje eu to sem um tiquinho de tempo, mas fico devendo um post sobre isso. apesar desse comercial ja dizer quase tudo...
porque eu não fiz publicidade mesmo?

sábado, 6 de março de 2010


uma mistura. sempre, e nunca. 
às vezes cansa, 
às vezes faz falta,
às vezes sobrecarrega, 
às vezes esvazia. 
um nó na garganta, 
um enxame de borboletas no estômago, 
uma corrida na beira praia. 
random.
e mesmo assim, constante. 
constante inconstância.

texto meu, olha só, foto do mural que fizemos essa semana na faculdade. arte,.



sexta-feira, 5 de março de 2010


"Na época eu era um sujeito perseguido pelas nostalgias. Sempre tinha sido, e não sabia como me livrar da saudade para viver tranquilamente.


Ainda não aprendi. E desconfio que nunca vou aprender. Mas pelo menos já sei uma coisa valiosa: é impossível me livrar das saudades porque é impossível se livrar da memória. Você não pode se livrar daquilo que amou."

Pedro Juan Gutierrez, Trilogia Suja de Havana. 

e esse livro acaba de entrar na minha lista de top 10. fato. 

quinta-feira, 4 de março de 2010

Hoje eu tô de mau humor, hoje eu não quero ver ninguém, hoje eu não quero ninguém me abraçando, hoje eu não quero ninguém. Hoje eu quero o fundo de uma rede, uma panela de brigadeiro, nenhum barulho, nenhuma música, nenhum filme, nenhuma tv, nenhum celular, e, principalmente, nenhum você.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Das coisas boas de estar sem óculos/lentes de contato.

- Dormir enxergando as estrelinhas de neon no teto do quarto.
- Acordar vendo o despertador.
- Tomar banho de piscina/mar sem perder as lentes dentro do proprio olho.
- Usar óculos escuro independente de tudo.
- Usar maquiagem no olho e ela ser notada.
- Dormir bebada com mais facilidade e menos preocupação.
- Deixar as unhas realmente grandes e não arranhar o olho.



Deve ter mais, certeza, mas faz só um mês que eu dexei de ser miope.

terça-feira, 2 de março de 2010

Domingo eu quis dizer um tanto de coisas, mas não sou boa com palavras faladas, elas fogem, flutuam, bem na minha frente, me deixando sempre assim: muda.

Eu queria ter te dito que não importam, verdadeiramente, as nossas diferenças, que deveríamos olhar apenas nossas semelhanças. Nosso jeito magrelo desengonçado, nossos olhos pequenininhos e apertados, mais rápidos que nosso pensamento, nosso gosto por danças, nosso gosto por teatro, nosso humor bem aparente, nossa teimosia latente, nossos nomes franceses, nosso sorriso fotográfico...

Seria capaz de passar horas listando semelhanças que fazem de nós, ao primeiro olhar mais cauteloso, irmãs. Mas aqui não é o lugar para lista-las, nem o momento...

Por hoje, só queria dizer que mesmo com tudo que aconteceu e acontece, eu tenho orgulho de você. E que domingo você me ensinou um tipo novo de amor fraternal, aquele baseado em sangue. 

segunda-feira, 1 de março de 2010


o texto de hoje foi substituído por uma imagem, por uma frase, por um oi que não dei, pelo beijo guardei, pelo abraço de ontem, pelo carinho que espero para abril, pela ausência do fim de semana, pela locura da segunda feira, pelo cheiro que amanheceu hoje no quarto. 


depois coloco os creditos da imagem, é uma foto minha da atual exposição do dragão do mar.