terça-feira, 23 de março de 2010

A sete cadeiras de me formar, com um horário sem horários vagos, sem trabalho, estudante profissional, com o coração mais confuso que minhas “caixinhas lingüísticas” que ainda não separam o português do inglês do francês do espanhol: hoje eu quase enlouqueci.
A caminho do shopping pra comprar um casaco, na hora ridícula do trânsito, a Av. Jovita Feitosa parou. Em três longos anos de carteira de motorista nunca tinha passado por isso. E, do mais puro e absoluto nada, começa a surgir aquele comichão estranho, aquela necessidade de sair, aquela vontade de largar o carro e sair andando a pé, aquele frio na barriga como se algo ruim fosse acontecer se eu ficasse ali. É, uma crise de pânico, que não batia desde comecinho de 2007... muitos verões no passado.
Ipod na mão e a mesma música 800 vezes até acalmar. Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo. Saí, então, vagando pelos meus pensamentos empilhados e escondidos lá no fundo de toda minha correria.
Normalmente eu acredito naquela frase do mestre Sabino que diz que as coisas só terminam quando está tudo bem. Sou fã confessa do destino disfarçado de acaso. Quando as coisas devem acontecer, precisamos apenas esperá-las, vai haver uma hora que tudo dará certo. Apliquei essa lei na minha vida na época que simplesmente não conseguia passar pra arquitetura e passei, anos depois, de fato numa época melhor do que a queria ter entrado. Pra mim, é muito óbvio que algumas pessoas, por mais que agora não estejam em minha vida, um dia estarão... E essa parece ser a única manifestação positiva que tenho em todas minhas linhas de pensamento.

Um dia escrevo melhor sobre isso, o transito finalmente fluiu e eu me concentrei, de novo, nos meus problemas reais como pagar o IPVA do carro! 


pra compensar o texto total diarinho, a voz da Fernanda Takai cantando lindamente Coração Tranquilo. Acalma. Juro. 

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