domingo, 28 de março de 2010

Os pais tendem a pensar que aqueles comportamentos estranhos dos filhos, pircings e por ai vai, são apenas uma fase de afirmação, e que no fundo adolescente é sempre tudo igual. Provavelmente quando eu for mãe, farei a mesma coisa e ficarei irritadíssima com minha filha quando ela vier alegar identidade com o grupo de amigos.

Ou talvez não... Hoje eu constatei que essas tais diferenças entre grupos ultrapassam os limites que eu imaginava. Honestamente, mesmo tendo pertencido a um desses grupos estranhos, nunca tinha parado para pensar no quanto de diferença entre as tribos existia e muito menos como isso continua se materializando na vida adulta.

Faço parte de um grupo com valores bem diferenciados dos demais, e acabo de perceber isso só agora. Diminuímos ou simplesmente implodimos certos conceitos de relacionamentos, pra não falar de outros tantos. E deixamos claro que isso não afeta parte nenhuma das nossas vidas, exceto a própria parte de relacionamentos. Somos excelentes profissionais lidamos bem com prazos, com valores, com responsabilidade, mas simplesmente não nos encaixamos nos conceitos “normais” de relacionamentos.

Até hoje, pra mim, isso era apenas uma questão de brincadeira, de como as pessoas chocavam-se com nossas brincadeiras, ou simplesmente não as entendiam. Hoje, finalmente, caiu a ficha que não são apenas impressões, pircings, são filosofias de vida, são coisas bem mais profundas e enraizadas e que no fim geram mais problemas que apenas ruídos de comunicação com gírias diferentes...

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