quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Durante 22 anos eu esperei essa declaração. Esperei ouvi-la durante os meus 15 anos, ou quando fui receber uma medalha por prêmios da escola, ou quando passei no vestibular ou em qualquer um desses 22 anos. Mas hoje, inesperadamente como uma tempestade de verão, você me disse, assim...
Sempre quis que você me entendesse melhor, que compreendesse o quanto acho que pareço com você, que me escutasse como acho que só você me escutaria. Sempre senti sua falta. Mas eu simplesmente calo, e te olho, com um misto de medo e amor. Amor que nunca vou compreender como ainda sinto e medo de que no meu próximo deslize você fuja de novo.
Durante anos eu apenas me culpei. Em outros a culpa era toda sua. Agora não há mais quem culpar ou defender, existem apenas nós dois, nossos erros e nossas fugas, nossa mania de colocar tudo embaixo do tapete e fingir que não há problemas.


Será que dessa vez a gente para? 

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