segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Querida,
Reli esse texto aqui e uns outros tantos daqui. Pensei no fim do ano. Reli as mensagens. Contei as ligações e as menções positivas no diário. Fiz um balanço das risadas, das manhãs que chegaram muito cedo e das noites que foram muito curtas. Conclui, no fim, que talvez te deva desculpas.
Naquele dia você, possivelmente, não fazia idéia de quem eu era. Eu, naquela quinta feira, como você, nessa quinta feira, não deixei transparecer nada além de leves sinais. Tão discretos que possivelmente você nem notou.
No começo, nessa quinta feira, eu tentei não demonstrar nada. Eu te abracei primeiro. Eu fingi não vê-lo nem senti-lo. Mas eu estava feliz. Feliz como só mulheres que amam sabem ser felizes. Feliz por dessa vez não ser eu a juntar os cacos. Egoistamente feliz.
No começo, eu me portei direito, mantive distancia, dei espaços. Mas há sempre aquele nosso amigo álcool que vem para quebrar barreiras, e no fim eu já não era tão discreta assim, nós já não éramos tão discretos assim e não sei se nessa noite foi você que no fim chegou em casa juntando os seus pedaços.
Talvez não caiba desculpas aqui, mas são quase 2h da manhã, é fim de ano, minha cabeça está, instintivamente  nele, e achei melhor ter a consciência limpa. Egoistamente. Mas quem disse que eu não sou egoísta?! 

B. 

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