quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Mais tarde, quando for dia e não madrugada, eu vou te ligar. Não sei se você vai atender. Eu vou falar que preciso tomar um café, preciso de um amigo, preciso de você. Não sei se você vai topar me encontrar, você tem uns surtos de covardia mas eu vou tentar, pelo bem da minha sanidade mental.
Se você topar, eu vou te ver, e mesmo que eu não queira, eu vou me arrumar, me preocupar se você vai gostar do meu cabelo meio loiro. E vamos nos encontrar num café diferente, que não me lembre o tempo que éramos nós. Eu vou te dizer o que pedir, mais ou menos lembrando do seu antigo paladar, e vou descarregar tudo. Estou tranqüila agora, mas estou sentido sua falta.
Não sei se vou conseguir falar tudo que eu quero, falar que desde que você foi embora eu me sinto sozinha sempre que algo sai do prumo. Vou dizer que queria muito ter sido feliz para sempre com você e que ainda penso se não cometi um grande erro. Vou pensar algumas vezes antes de dizer, mas com certeza vou querer dizer que te amei muito, mas que hoje não passaria de egoísmo, e que você tem um papel único na minha vida.
Você vai ficar receoso de mim, mas vai se aproximar, e talvez falar alguma coisa, comentar da sua mãe, das meninas, da formatura, sorrir. Tudo vai ficar pesado demais, eu vou pedir a conta, você vai paga-la, eu vou te abraçar apertado e ir embora. Agora faz três anos que não somos mais nós, mas eu ainda sinto sua falta. 

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