terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A gente tem mania de pedir, de reclamar, de não agradecer, de aumentar os problemas, de fazer drama de graça, de surta sem motivo aparente. Não sei bem a gente, mas eu tenho. E passei o ano de 2010 fazendo isso, e passaria, provavelmente, um bom tempo persistindo no erro se na reta final não tivessem acontecido umas coisinhas acolá.
Terça, 28 de dezembro, minha vó de 70 caiu e fraturou o pulso direito. Ela caiu de cara no chão, usa óculos e quase quebrou o nariz na queda. Realmente um milagre não ter quebrado o óculos no rosto e perfurado os olhos. De cara, um choque, um corre-corre para arrumar um traumatologista e uma equipe dispostos a operar na véspera do ano novo. Acabou que a cirurgia ficou marcado só para ontem.
Na hora que abriram, um quarto pedaço de osso aumentou em uma hora a cirurgia e quase quase as coisas complicam de vez. Depois, anestésico injetável e umas horinhas de sono no hospital. Até eu notar umas manchas vermelhas nela, e aumentando! Uma reação alérgica ao medicamento que só conseguiu ser controlada porque notamos logo. Finalmente ela apagou até hoje.
Agora, as 1 7h quase 18h, ela está em casa, com o braço imobilizado, com dores mas viva. Depois de reclamar muito, de gastar uma fortuna em hospital e remédios, acho que no fundo precisamos agradecer. Todo ano, eu e minha mãe viajamos de férias, unas 15 dias, sempre entre o natal e o ano novo, e ela fica sozinha. Se isso tudo tivesse acontecido com a gente fora? Esse ano eu tinha me programado para fazer uma cirurgia plástica, puramente estética, e se eu tivesse operada?
Na hora é bem mais fácil reclamar e achar que temos um grande problema, mas hoje eu to afim de dar uma de Pollyanna e sorrir pensando que poderia estar tudo bem pior. 

Um comentário:

  1. infelizmente achamos assim e agimos assim ainda ne....

    mas que legal que ela esta melhor,,,

    boa ação...

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