quarta-feira, 23 de junho de 2010




Ela tinha cílios espessos, negros, e um olhar que independia da cor. Existem olhos que marcam pela cor, extremamente azuis, verdes, negros ou indecifravelmente coloridos. Existem outros que marcam pela expressão, aquela tristeza profunda, aquela empolgação com o mundo, aquela sabedoria inerente.
Os dela marcavam pela expressão, mas esta era tão indecifrável como a cor. 
Não era, no todo, uma mulher fabulosa, e nem de longe uma mulher comum, de um lugar comum. Era uma mulher que aprendera que podia ser fabulosa, e o fazia quando queria, como um botão de liga/desliga, exatamente como uma mulher deve ser.

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