segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Como que num desenho animado japonês, vejo um enxame de borboletas, muitas, de tamanhos mil, todas em um tom único de verde. Um verde estranho, brilhante, quase cinza, verdes quase cinza. Elas voam a minha volta, em desordem, não param, me assustam na mesma medida que me fascinam. Eu as quero, mas não as quero. Elas me confundem, trazem consigo um som único, eu não consigo fugir mas meu coração não parece ser capaz de ficar.
Num piscar de olhos, então, elas vão se transformando, assim, no ar, sem parar de se mover, vão tornando-se mais claras e numa fração tal de tempo, estão todas límpidas, verdes, puríssimas, não há mais nenhuma sombra de cinza. O som se acalma, seu vôo caótico se transforma num ritmado passeio a minha volta. Como que me chamando, elas começam a sair do circulo e eu as sigo. Medo? Há, algum, mas diferente...

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