sábado, 22 de maio de 2010

Quando eu olho pro ceu, deitada na piscina, no sol de sábado, vejo uma antena, dessas de telefone celular, cortando o céu azul de fortaleza. Eu a vejo entre o telhado da casa que ainda chamo de minha e as várias plantas que estão por aqui. Ela é tão recente e ao mesmo tempo parece tão encaixada nessa vizinhança, como se nunca tivéssemos existido sem ela...E sem ela, dos nossos quintais, veríamos apenas as plantas e os pássaros que há muito deixaram de voar por aqui.

Alias, acabo de constatar que, quando pequena, sempre via pássaros voando naquela formação estranha de pássaros, e tinha medo por ter visto Os pássaros do Hitchock cedo demais. Aqueles pássaros da minha infância já não voam mais por aqui, e hoje, nos fim de tarde, vemos no céu, apenas, a torre, cortando tudo e nós lembrando que o progresso chegou, mesmo que no fundo dos quintais ainda existam ninhos perdidos...


Sim, eu vou senti falta dessa casa, desse balanço embaixo da mangueira, dos mandacarus gigantes, das tardes na piscina, do céu cortado pela torre...

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