segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sua Falta

E quando eu chego em casa, e não existe nada alem da escuridão, e o clic da fechadura, e nenhuma palavra. Eu sinto sua falta. Não há ninguém para reclamar do meu horário, para fingir que não esta em casa, para reclamar do quanto que esta com fome.
E as paredes vão me lembrando você. Eu tiro os sapatos, os deixo na sala. Você não esta mais aqui para reclamar da minha bagunça. Ligo o som porque não vou agüentar ouvir o eco da minha própria voz.
As roupas vão ficando pelo caminho até o banheiro. Preciso sempre de um banho, preciso pensar. E eu vou falando, narrando meu dia, como se você estivesse ali. Quer que eu diga a verdade? E nem faz tanta diferença assim, você nunca ouvia o que eu falava. Nem se dava ao trabalho de fingir...
E é preciso comer algo, mesmo que não se tenha fome, nem animo para enfrentar a cozinha vazia. O gato que você insistiu para compramos pede comida. E eu como minha comida instantânea e lavo as louças ainda escutando a seleção das nossas musicas preferidas.
Levo o gato pro quarto. Desligo o som. Acendo minhas velas, já que você não esta aqui parar dizer que vou por fogo no apartamento. Deito e me enrolo. Sem virar pro seu lado, murmuro um “boa noite” pro seu travesseiro vazio e vou dormir e sonhar que você ainda esta aqui.


será que você ainda lembra? é de 2004... do comecinho de outubro... ei, posso te contar um segredo? ainda é igual. até quando? 

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