segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Todo domingo, como que um compromisso religioso, eu tomo café com minha melhor amiga. Minha melhor amiga de décadas, se é que podemos usar décadas para medir tempo quando temos pouco mais que duas delas...

Esse domingo, depois de finalmente o ano de 2010 ter começado para mim e depois de toda minha crise depressiva pós aniversario, voltamos ao assunto do que será de nós no futuro. Ou melhor, da nossa frustração por não sermos nada no presente.

Poucas pessoas entendem quando eu expresso minha raiva comigo mesmo por ainda estar na faculdade, ainda ter que pedir dinheiro para meus pais, ainda morar na casa da minha mãe. "mas você só tem 22 anos, tenha calma!” Tanta gente, ao 22 anos, já era absurdamente importante. Melhor, tanta gente já havia de fato saído da adolescência aos 22 anos!

Mas, claro, algumas dessas pessoas fizeram escolhas que para terem uma vida adulta acabaram por sacrificar um futuro que talvez fosse promissor. Nós, como uma imensa massa universitária da classe média, sacrifica esse amadurecimento para um dia ter a chance de ter um futuro. Afinal, se eu sair de casa e arrumar um emprego que me sustente, onde vou arrumar tempo para fazer aquele curso de alemão que vai ser o diferencial no meu currículo na hora de virar vice presidente júnior daquela multinacional que vai me pagar mais do que meu pais ganham em um semestre?!

O problema é quando a gente faz uma aposta dessas sem ter certeza que os números são os premiados...

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